terça-feira, 6 de outubro de 2009

Esporte e discriminação

Tema sempre polêmico e, infelizmente, recorrente no mundo esportivo, a discriminação acontece neste meio desde os antigos Jogos Olímpicos.
O documento "Brasil, Gênero e Raça", lançado pelo Ministério do Trabalho, define:
- Racismo: "a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos";
- Preconceito: “uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos”;
- Discriminação: "é o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros".
Já em 776 a.C., primeira edição dos Jogos na Grécia, os atletas eram somente homens cidadãos das cidades-estado gregas. E desde então sobram exemplos de discriminação no Esporte. Seja por:

RAÇA

Jesse Owens. Em Berlim, 1932 conquistou quatro medalhas de ouro (100 metros, 200m, 4X100m e salto em distância) diante de uma Alemanha nazista. Hitler retirou-se do estádio para não ter que cumprimentar o negro campeão.

O ex-atacante são-paulino Grafite foi vítima de faixas e manifestações racistas da torcida do clube argentino Quilmes.

Primeiro piloto negro da Formula 1, Lewis Hamilton foi insultado durante testes realizados no circuito catalão.

GÊNERO

Decreto-Lei 3.199 de 1941, vigente até 1975 proibia a participação feminina no futebol.

Branca e Bia, do nado sincronizado. "Sofremos discriminação por sermos bonitas".

As conquistas masculinas são de fato mais valorizadas pela mídia e as mulheres são utilizadas muitas vezes em matérias com apelo sexual e estético. Mas também os homens sofrem discriminação quando praticam alguma modalidade tida como feminina, já que expectativas da sociedade levam alguns desses garotos a se perguntar, por exemplo: "Será que sou gay só por praticar Ginástica Artística?".

Diego Hypolito, ginasta brasileiro.

OPÇÃO SEXUAL

A questão da opção sexual dos atletas também gera discriminação. O jogador Richarlyson, do SPFC, decidiu ir à Justiça depois que o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., citou o seu nome ao responder a uma pergunta sobre homossexualidade no futebol.

RELIGIÃO

No início de 2008, uma atleta muçulmana dos EUA, foi desclassificada de uma competição por usar a roupa esportiva conforme sua fé, mas que, de acordo com o diretor da competição Tom Rogers, violava as regras da disputa.

"Não é algo especial, não me faz correr melhor", afirmou Juashaunna Kelly após ter sido desclassificada.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas acredito que estes sejam suficientes para ilustrar este lado triste da prática esportiva. Estar envolvido com ela, mesmo que do lado de fora, na torcida, leva o ser humano às mais variadas sensações e todo tipo de sentimento é extravasado. Infelizmente não só coisas boas acontecem. Federações e confederações lançam anualmente campanhas para acabar com este tipo de manifestação no Esporte e esta briga deve ser diária e de todos nós. Um atleta não deve ser discriminado jamais por ser homem, mulher, homossexual, judeu, muçulmano, negro, branco, ou seja lá o que for.

Um comentário:

  1. Pessoas como você fazem a diferença! Fiquei muito feliz quando você me mostrou o blog. Tenho certeza que se todos envolvidos no esporte lutarem contra o preconceito, e entendam que ninguém é mais que ninguém tudo mudará! Você já está fazendo sua parte e quem sabe com esse blog não conscientize as pessoas disso. Parabéns pela iniciativa, cada dia que passa estou mais orgulhoso de você!
    Te amo!
    Nava

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