terça-feira, 15 de dezembro de 2009

UFA!

Enfim, de férias!
Abandonei o blog durante o semestre. Prioridades...prioridades...hahaha
Em breve voltarei à ativa e tentarei ser mais constante!
Aguardem!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Esporte e discriminação

Tema sempre polêmico e, infelizmente, recorrente no mundo esportivo, a discriminação acontece neste meio desde os antigos Jogos Olímpicos.
O documento "Brasil, Gênero e Raça", lançado pelo Ministério do Trabalho, define:
- Racismo: "a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos";
- Preconceito: “uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos”;
- Discriminação: "é o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros".
Já em 776 a.C., primeira edição dos Jogos na Grécia, os atletas eram somente homens cidadãos das cidades-estado gregas. E desde então sobram exemplos de discriminação no Esporte. Seja por:

RAÇA

Jesse Owens. Em Berlim, 1932 conquistou quatro medalhas de ouro (100 metros, 200m, 4X100m e salto em distância) diante de uma Alemanha nazista. Hitler retirou-se do estádio para não ter que cumprimentar o negro campeão.

O ex-atacante são-paulino Grafite foi vítima de faixas e manifestações racistas da torcida do clube argentino Quilmes.

Primeiro piloto negro da Formula 1, Lewis Hamilton foi insultado durante testes realizados no circuito catalão.

GÊNERO

Decreto-Lei 3.199 de 1941, vigente até 1975 proibia a participação feminina no futebol.

Branca e Bia, do nado sincronizado. "Sofremos discriminação por sermos bonitas".

As conquistas masculinas são de fato mais valorizadas pela mídia e as mulheres são utilizadas muitas vezes em matérias com apelo sexual e estético. Mas também os homens sofrem discriminação quando praticam alguma modalidade tida como feminina, já que expectativas da sociedade levam alguns desses garotos a se perguntar, por exemplo: "Será que sou gay só por praticar Ginástica Artística?".

Diego Hypolito, ginasta brasileiro.

OPÇÃO SEXUAL

A questão da opção sexual dos atletas também gera discriminação. O jogador Richarlyson, do SPFC, decidiu ir à Justiça depois que o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., citou o seu nome ao responder a uma pergunta sobre homossexualidade no futebol.

RELIGIÃO

No início de 2008, uma atleta muçulmana dos EUA, foi desclassificada de uma competição por usar a roupa esportiva conforme sua fé, mas que, de acordo com o diretor da competição Tom Rogers, violava as regras da disputa.

"Não é algo especial, não me faz correr melhor", afirmou Juashaunna Kelly após ter sido desclassificada.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas acredito que estes sejam suficientes para ilustrar este lado triste da prática esportiva. Estar envolvido com ela, mesmo que do lado de fora, na torcida, leva o ser humano às mais variadas sensações e todo tipo de sentimento é extravasado. Infelizmente não só coisas boas acontecem. Federações e confederações lançam anualmente campanhas para acabar com este tipo de manifestação no Esporte e esta briga deve ser diária e de todos nós. Um atleta não deve ser discriminado jamais por ser homem, mulher, homossexual, judeu, muçulmano, negro, branco, ou seja lá o que for.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Introdução ao Esporte

Optei por fazer um primeiro post que introduzisse alguns conceitos, já que na maioria das vezes eles são utilizados de maneira incorreta até mesmo por especialistas ou ditos especialistas em Esporte e tudo o que o envolve.
O título desta primeira postagem faz referência a uma disciplina que tive no primeiro ano da faculdade. Nela, vários conceitos foram apresentados. O primeiro deles, claro, o de ESPORTE:

“Atividade competitiva institucionalizada que envolve esforço físico vigoroso ou o uso de habilidades motoras relativamente complexas, por indivíduos cuja participação é motivada por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos”. Valdir Barbanti.

O conceito vinha acompanhado de uma foto semelhante à postada aqui e eu posso dizer que não discordo plenamente, mas considero a definição pouco abrangente, visto que o Esporte é um fenômeno sócio-cultural e vai muito além do alto rendimento.
O Ministério do Esporte considera três divisões: esporte de participação (lazer), esporte educacional e esporte de alto rendimento. Acho a divisão pertinente, afinal cada um destes setores merece atenção e investimento diferenciados para o seu desenvolvimento (o que é feito ou não neste sentido ficará para as próximas postagens). Lembrando que, uma vez o esporte considerado como fenômeno, não devemos utilizar o termo no plural. Esportes não existe! Existem, sim, as modalidades esportivas. E só.
Entre outras coisas, na disciplina foram dadas definições de jogo, brincadeira, etc., mas isto não vem ao caso. Chegamos então aos Jogos Olímpicos. Assunto da moda no Brasil, já que seremos sede em 2016. Seremos não, o Rio de Janeiro será, pois os Jogos são realizados em uma cidade, a Copa sim é em um país. Mas voltando às Olimpíadas e ao conceito: Vamos deixar claro aqui que Olimpíadas é sinônimo de Jogos Olímpicos, mas Olimpíada não. Olimpíada é o período de quatro anos entre uma edição e outra dos Jogos Olímpicos. Acho um absurdo jornalistas esportivos, educadores físicos e todos os envolvidos com esporte de alguma maneira utilizarem os termos como sinônimo e sites e jornais terem sua página de "Esportes". Dominar estes conceitos básicos é obrigação dos profissionais da área e este espaço será utilizado, entre outras coisas, para criticar a postura dos que trabalham com esporte e lutar de alguma maneira para o desenvolvimento e reconhecimento da área.