terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sobre valorização e reconhecimento

O assunto é delicado. Os leigos acreditam que estudar o fenômeno Esporte é algo simples ou até desnecessário. Pelas ruas, nos bares, botecos, padarias, escolas, praças ou em qualquer lugar todo mundo opina, critica e dá sugestões para tudo que é relacionado ao Esporte.
O foco é, na maioria esmagadora das vezes, o futebol. Todos são treinadores, entendem de tática, técnica, preparação física, organização, administração, etc.
90 milhões em ação, pra frente Brasil! Salve a seleção!

"Hino" brasileiro na Copa do Mundo de Futebol de 1970. Composição: Miguel Gustavo


Hoje somos muito mais de 90 milhões, mas sempre somos todos melhores técnicos do que quem quer que esteja oficialmente neste cargo.
Infelizmente a profissão não é valorizada no país. Não é exigida formação acadêmica para estar lá. Ex-jogadores de renome (ou não) são as pessoas que normalmente ocupam este e outros cargos dentro de uma assocação esportiva, deixando de lado aqueles que dedicaram anos da sua vida ao estudo do Esporte - do marketing esportivo, administração esportiva, organização de eventos esportivos; das adaptações do corpo humano à sua prática, as influências da temperatura, da umidade relativa do ar, das vestimentas, dos calçados, os tipos de treinamento, enfim.
A área é ampla e complexa. Considero tolos aqueles que acreditam ser o Esporte apenas uma forma de lazer e diversão. Esporte vai muito além disto, além da qualidade de vida. É profissão que deve sim ser valorizada e reconhecida.